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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Hatch Fiesta 1.0: ah, se não fosse o motor…


Veterana, a atual geração do hatch Fiesta nacional vai completar nove anos de mercado em maio. Sua última reestilização ocorreu em 2010. Depois de todo esse tempo, dá para dizer que se trata de um carro honesto, com qualidades como bom espaço interno e ótimo acerto de direção e suspensões. Pena que na versão avaliada, com motor 1.0 flexível, que parte de R$ 29.490, o desempenho seja tão fraco.

No plano, o carro até engana, se movendo com relativa competência. Mas basta uma ladeirinha – como as milhares da Grande São Paulo – e o propulsor abre o bico. Arrancar em uma subida, então, parece tarefa hercúlea. Essa é uma das grandes falhas do compacto da Ford.

E a causa é simples: a potência de 73 cv e o torque de 9,3 mkgf (com etanol) são insuficientes para o peso de 1.084 kg. Seus rivais diretos, Renault Sandero (77 cv/10,1 mkgf/1.025 kg) e Volkswagen Fox (76 cv/10,6 mkgf/992 kg), são mais fortes e leves e ainda têm relação de diferencial mais curta. Nem são variações grandes mas que, juntas, fazem sensível diferença.

Já a cabine acomoda bem quatro ocupantes. Outro destaque são os práticos e bem localizados porta-objetos. A posição de dirigir agrada e é fácil de encontrar, graças ao ajuste de altura do banco, que é de série. A alavanca de câmbio mais alta que a média ajuda nos engates, que são fáceis. O único aspecto negativo na ergonomia é o interruptor do ar-condicionado, cujo acesso se torna difícil quando o câmbio está em quinta marcha, pois a manopla fica no meio do caminho.

Outro ponto que ainda incomoda após quase uma década é o acabamento. Mesmo com as melhorias ao longo do tempo, ainda há muito plástico duro. Sem falar de um detalhe irritante. Presa no chaveiro, a caixinha do alarme, outro equipamento de série, fica batendo na coluna de direção. Um pouco de boa vontade da Ford resolveria essa questão, como foi feito no irmão EcoSport, que ganhou uma borrachinha no local a partir da linha 2008. O isolamento acústico também poderia ser melhor. Até a buzina reverbera no interior do Fiesta.

A principal novidade no Fiesta 2011, lançado em abril do ano passado, é a dianteira. As linhas são parecidas com as do modelo vendido na Índia, batizado de Figo. Apesar de a traseira e o interior terem mudado pouco, o rejuvenescimento da frente garantiu sobrevida ao desenho.

Pelos R$ 29.490 iniciais, a lista de itens de série tem como maior destaque as travas elétricas, com travamento automático a 15 km/h. Equipar o hatch com ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos dianteiros aumenta o valor para R$ 34.860. Mas uma promoção válida até o fim deste mês está liquidando esse catálogo do carro por R$ 32.500. Os valores de peças de manutenção e seguro (confira os preços na tabela ao lado) não trazem dor de cabeça para o proprietário do Ford.

No mercado, o Fiesta continua competitivo. Em 2010, entre os chamados hatches compactos “premium”, ele só perdeu para o VW Fox, que soma as vendas da versão aventureira CrossFox.

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