O segmento dos hatches compactos ‘premium’ andava devagar nos últimos tempos. Volkswagen Polo, Citroën C3 e Fiat Punto, por exemplo, já deram para o gasto, mas as novidades começam a chegar. O mexicano New Fiesta foi o primeiro e deve ser seguido pelo Chevrolet Sonic e por outros concorrentes como o Kia Rio, além da nova geração do C3.
Enquanto isso não acontece, a Ford sobra na categoria. A versão hatch do ‘New Fiesta’ é bem mais harmoniosa no visual que seu irmão sedã. Além disso, há diferenças de estilo. Na frente, reconhece-se o hatch pela grade do radiador, que é da cor da carroceria - o sedã utiliza uma peça cromada. Na lateral temos um equilíbrio de linhas, mais proporcionais. As lanternas altas traseiras lembram os últimos modelos da escola coreana.
Já o interior não acompanha as linhas mais ousadas externas. Os bancos de tecido lisos e pretos são monótonos, mas muito confortáveis e contam com regulagem de altura. O painel é bem acabado e com os mostradores com dimensões mais minimalistas, o que confere uma grata impressão de delicadeza. No centro do painel temos o rádio com display separado e o sistema Sync, criado em parceria com a Microsoft, que permite conexão de celulares via Bluetooth e leitura de mensagens de texto. Mas, apesar de ter os comandos em português, eles são pouco intuitivos e os botões em formato de paralelogramo (que lembram os robôs de Transformers) não ajudam muito.
O Fiesta é equipado com motor Sigma 1.6 16V de 115 cv a 5.500 rpm quando abastecido com etanol e 110 cv a 5.250 rpm com gasolina. O torque é de 16,9 kgfm com etanol e 15,8 kgfm com gasolina e nada baixos 4.250 rpm. Esse propulsor e também o câmbio de cinco marchas IB5, são fabricados em Taubaté, no interior de São Paulo.
Bem adaptado
Andando com o modelo percebemos que o acerto da suspensão está bem adaptado ao solo brasileiro, contornando as curvas em alta velocidade sem sustos. A boa dirigibilidade já encontrada na versão sedã se mostra mais acertada no hatch – o motor também Sigma ajuda, sem dúvida.
O modelo também oferece bom espaço interno, não tão generoso quanto o de alguns modelos mais simples – como o Sandero, da Renault, mas o cliente da Ford tem, em compensação um acabamento mais esmerado para um compacto. Agora o grande ponto negativo é que o modelo raspa nas saídas de garagens, lombadas, etc., tudo graças a um defletor que fica embaixo do veículo e que pelo estado de arranhões tem sofrido muito.
Vendido em uma única versão com três pacotes de conteúdos, o New Fiesta teve seu preço reduzido recentemente, partindo de R$ 45.950, com ar condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricas, CD Player MP3 com entrada auxiliar, alarme Perimétrico, rodas de liga leve aro 15.
O segundo pacote (que era igual ao da unidade testada) sai por R$ 48.450, e acrescenta o sistema Sync, conexão Bluetooth, USB, freios com sistema ABS, assistente de partida em rampa (HLA) e airbag duplo.
No pacote mais caro, o modelo sai por R$ 52.450 graças às rodas de liga leve aro 16, sete airbags, bancos em couro e retrovisores com luz indicadora de direção, entre outros. Aí a situação se complica já que o compacto passa a ter a concorrência “caseira” de um produto melhor, o Focus, que sai a partir de R$ 55.120 com mais espaço e uma dirigibilidade irrepreensível. A esperança é que a versão nacional do New Fiesta, que deve começar a ser produzida por aqui em 2013, corrija essa distorção. Vamos ver.
Fonte: iGCarros
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