Fabricação em série, produção em massa e eficiência. Essas expressões praticamente se confundem com a história de Henry Ford, que há 65 anos saía da vida para entrar na história.
Primeiro empresário do mundo a implementar um sistema de produção seriada, que daria base a um dos princípios da administração moderna, o fordismo, Henry nasceu no dia 30 de julho de 1863, em Dearborn, nos Estados Unidos, e foi bem mais que um visionário.
Criado em uma fazenda, Ford iniciou sua trajetória entre motores consertando as máquinas agrícolas do pai. Como as peças eram pesadas, ele começou a produzir as primeiras ferramentas próprias e criou métodos para diminuir o trabalho manual no uso de máquinas.
Com apenas 16 anos, em 1879, Henry Ford passou a trabalhar em suas primeiras “engenhocas”. Com a morte da mãe, ele se mudou para Detroit onde foi trabalhar como aprendiz de operador de máquinas. De empresa em empresa, foi se aperfeiçoando até que, em 1887, na Eagle Motor Works, construiu seu primeiro motor a combustão.
Rapidamente, Ford ganhou espaço na indústria e, em 1893, já casado com Clara Jane Bryant e com o filho Edsel récem-nascido, passou a ocupar o posto de engenheiro-chefe da Edison Illuminating Company. O bom salário permitiu o início de planos maiores. Assim nasceu o Quadriciclo, de 1896, primeiro veículo criado por ele.
Aos 40 anos, em 1903, Ford reuniu 11 investidores e US$ 28 mil de capital para criar a Ford Motor Company. Ao duplicar o valor pago à maioria de seus funcionários, o que chamou de “salário motivação”, Ford atraiu a nata da engenharia de Detroit.
Graças à revolucionária linha de produção em série, Henry Ford viu sair de sua fábrica, no dia 1 de outubro de 1908, o modelo T, primeiro carro feito em série no mundo. Além das inovações como o volante do lado esquerdo, motor com 4 cilindros fundidos em único bloco e suspensão com duas molas semi elípticas, Ford apostou no ótimo preço para a época, de US$ 825, na publicidade ostensiva em jornais e na abertura massiva de lojas. Se hoje andamos sobre rodas, devemos muito ao interiorano gênio de Dearborn.
Fonte: JornalDoCarro